sexta-feira, 4 de abril de 2008

FRIBURGO SOFRE COM BURACOS

CRATERA na rua Josina Barbosa Folly, perto da subida das Braunes, obstruiu passagem de veículos

Crateras em ruas, calçadas esburacadas e vias interditadas deixam moradores revoltados

Verdadeiras crateras nas ruas, calçadas esbu­raca­das e friburguenses irritados. O resultado dessa equação pode ser medido a cada passo em falso nos ‘abismos’ a céu aberto. A equipe do Olhar Público fotografou as áreas acidentadas e ouviu os moradores desses locais.

As reclamações vão desde a demora de soluções e reparos até histórias de quedas e ferimentos. Josimar Pereira, 42 anos, morador da rua Josina Barbosa Folly, na subida das Braunes, pede pressa à obra na rede de esgoto da via, que cedeu com as chuvas e está obs­truída. “Estamos esperando há 30 dias. A cratera continua aberta. Tenho medo que alguma criança caia ali dentro. O buraco está muito fundo”, preocupa-se o morador.

PEDESTRE se arrisca no asfalto para fugir dos buracos nas Braunes

Calçadas com o mesmo problema

Além do trecho acidentado a que Jo­simar se refere, as calçadas da rua Carlos Braune, principal via do bairro, que dá acesso à Universidade Estácio de Sá, estão destruídas, segundo moradores, há mais de seis anos. Estudantes e pedestres precisam desviar pelo asfalto, sujeitos aos perigos do trânsito, quando chove.

A estudante de direito Márcia Gomes Tarso, 21 anos, reclama do piso ruim por onde passa todos os dias. “Já é péssimo quando está seco, com os buracos e as lajotas soltas, formando obstáculos. Em dia de chuva, vira uma lama só, é impossível transitar por ali”.

Segundo o engenheiro Carlos de Abreu, os acidentes nas vias provocados por problemas nas redes de esgoto ou águas pluviais, devem ser sanados pela CAENF. Já os transtornos causados por redes de águas fluviais, a Pre­feitura deve resolver.

‘De repente tudo começou a ruir debaixo de mim’

Ivan Lobato, 58 anos, descia a ladeira em frente ao cemitério São João Batista, quando o solo ruiu sob seus pés. O morador da Rua Au­gusto Severo, no centro da cidade, teve feri­mentos nos braços e foi encaminhado ao Hospital Raul Sertã. De acordo com Ivan, ele carregava, segundos antes, sua neta, de dois anos, no colo. “Foi muita sorte ela não ter caído comigo. Um pouco antes, eu a entreguei para minha filha, que estava ao lado, e de repente o chão todo começou a ruir debaixo de mim”.

Segundo o morador, foi feita uma notificação na defesa civil do município e um laudo médico do ferimento. Ivan pretende procurar a prefeitura de Nova Friburgo para entrar em acordo quanto à indenização relativa aos danos causados.

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