quarta-feira, 30 de abril de 2008

100 MIL VEÍCULOS NA RJ-116 DURANTE FERIADÃO

De acordo com dados da Rota 116 S/A, cerca de 100 mil veículos devem passar pela RJ 116 (Itaboraí - Nova Friburgo - Macuco) durante o feriado em comemoração ao Dia do Trabalhador, na próxima quinta-feira, dia 1°. A Concessionária, que administra a rodovia, colocará todo o efetivo de 160 funcionários, além de veículos, no atendimento aos usuários. A Operação 1° de Maio terá início às 12 horas de quarta-feira, dia 30 e terminará no dia 5 de maio, também às 12 horas.

Todas as obras de melhorias e manutenção da rodovia serão suspensas durante o feriado e no fim de semana para não interferir no tráfego. Para Juarez Mothé, gerente de operações da concessionária, o motorista deve dirigir com segurança, respeitar o limite de velocidade e a sinalização viária. "O desrespeito às normas de segurança são as principais causas dos acidentes rodoviários e por isso, alertamos os motoristas para dirigirem com atenção e respeitando as placas de sinalização e os limites de velocidade. Por dados estatísticos podemos afirmar que a maioria dos acidentes acontecem porque os motoristas desrespeitam os critérios de segurança"afirma.

Atendimento emergencial

Em 2007, no mesmo período, ocorreram sete acidentes com 16 feridos, sem mortes. Durante a Operação, a Concessionária afirmou que colocará à disposição todo seu efetivo operacional no Serviço de Apoio ao Usuário. Em caso de emergência os motoristas devem ligar para o telefone 0800 282 0116 e solicitar serviços como guinchos, viaturas de inspeção de tráfego ambulâncias-resgate, caminhões para apreensão de animais, carro-pipa e equipe especializada para atendimento a acidente envolvendo produtos perigosos. Os veículos e equipes estarão posicionados em pontos estratégicos da rodovia, durante 24 horas.

Segundo a Rota-116, o usuário deve tomar cuidado com a velocidade máxima permitida, pois os radares estarão sendo operados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Em caso de chuva ou neblina, é necessário diminuir a velocidade e aumentar a distância entre os veículos. Caso não haja condições de seguir viagem, o motorista deve parar e permanecer em local seguro até que a chuva diminua.

Tarifas dos pedágios

A tarifa nas quatro praças de pedágio é de R$ 3,10 para carros de passeio, R$ 6,20 para veículos de dois eixos com rodagem dupla e R$ 12,40 para autos de três a seis eixos nos dois sentidos das pistas. Para os de sete eixos ou mais, o valor será de R$ 3,10, por eixo. Motocicletas são isentas da tarifa. Há praças de pedágios na Rodovia no quilômetro 1,9 em Itaboraí; no quilômetro 48,8 em Cachoeiras de Macacu; no quilômetro 90,3 em Nova Friburgo e no quilômetro 122,3, no município de Cordeiro.

Fonte: ASCOM Rota 116

sexta-feira, 25 de abril de 2008

AMANHÃ NAS BANCAS - 30ª EDIÇÃO

PRIMEIRA CAPA:

ANIMAIS DE RUA EM PERIGO

Novo Código de Posturas da Prefeitura de Nova Friburgo, que prevê até a eliminação de animais, é rejeitado por vereador e ambientalistas

A prefeitura de Nova Friburgo encaminhou, recentemente, um pro­jeto à Câmara Mu­nicipal, que cria um novo Código Municipal de Posturas. Entre mui­tos capítulos, um es­pecífico vem causando críticas e indagações da população. Trata-se do capítulo que prevê o recolhimento de ani­mais de médio e grande porte das ruas da cidade. Há em cir­culação um abaixo-assinado da população que vai contra a me­dida, já que o destino de alguns desses ani­mais será o sacrifício.

as contas públicas em Friburgo viraram uma verdadeira caixa-preta


Em entrevista ao jornal OLHAR PÚBLICO, o vereador Marcelo Verly - PSDB (também presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Ur­ba­no) afirma que apresen­tou um requerimento para que sejam reali­zadas audiências públi­cas antes que o projeto vá a Plenário para votação. Verly conside­ra que esta é uma decisão bastante com­plexa, por isso acredita que a participação da população e de enti­dades dedicadas à proteção dos animais é crucial e critica o fato de o governo não ter a­berto debate à popu­lação, cabendo à Câ­mara fazê-lo.

Este projeto prevê o recolhimento de todos os animais que se en­contram nas vias pú­blicas, logradouros, estradas etc., para a esterilização, vacina­ção, identificação e sacrifício de alguns. A­pós este processo, os animais seriam classifi­ca­dos de acordo com sua idade, comportamen­to e saúde. No caso de animais saudáveis e dóceis, estes retornari­am às ruas; já no caso de animais que apre­sen­tassem alguma zo­onose ou patologia ou ainda idosos, seriam sacrificados, pois, se­gundo o projeto “pode­riam causar danos e constrangimentos à população”; animais classificados como a­gressivos e violentos seriam “albergados no órgão da Prefeitura destinado a este fim ou recolhidos pela entidade conveniada e lá man­tidos até o óbito ou a­doção”.

ONG defende preservação dos animais

A diretora da ONG Univida, Anik Pereira, se mostra contrária ao projeto da Prefeitura e utiliza como base de sua crítica o trabalho que é realizado por sua ONG. Ela explica que um grupo de pessoas que cuidava dos ani­mais de rua individu­almente, resolveu se juntar e unir forças para melhorar a vida dos bichos e conscientizar a população. Há um tra­balho de recolhimento dos animais para a castração e vacinação e assim um incentivo para a adoção. Anik diz que encontra bastante re­sistência das pessoas, tanto na hora de a­dotarem um animal, quanto a se conven­cerem de castrá-los.

O projeto da ONG visa à realização de palestras públicas, principal­men­te nas escolas municipais. A Univida busca apoio do Instituto Nina Rosa, para utilizar seu ma­terial educativo nas palestras infantis, só que depende do apoio, primeiramente, da Pre­feitura de Nova Fri­burgo, que estagnou as negociações desde a apresentação do pro­jeto do novo Código Mu­nicipal de Posturas.

Quando questio­na­do a respeito da origem e valor da verba para a construção do Centro de Zoonoses, Verly afirma não dispor “dessas informações atualizadas, até porque as contas públicas em Friburgo viraram uma verdadeira caixa-preta”. E ainda faz menção ao projeto “Nova Fri­burgo Transparente”, que per­mitiria o acesso do cidadão à arreca­dação da Prefeitura e como e onde são efe­tuados os gastos pú­blicos. No entanto, o pro­jeto vem sendo “empurrado com a bar­riga pelos ve­readores da base go­vernista desde julho passado".

TRÁFICO DE DROGAS ADOTA NOVA ROTINA EM FRIBURGO

Segundo o delegado Flávio Narcizo, prisão de traficantes fez aumentar 400% o furto de carros

Pesquisa mostra que o índice de furto de veículos no Estado reduziu 8,8% em 2007. O ISP (Ins­tituto de Segurança Pública) constatou que foram registradas 31.849 ocorrências entre janeiro e de­zembro de 2007, o que significa uma diminui­ção de 8,8% em relação ao ano de 2006. Este é o melhor índice desde 2002, revela a pes­quisa. Em contraparti­da, nos três primeiros meses deste ano, Nova Friburgo sofreu com o aumento súbito dos ca­sos.

No primeiro tri­mestre de 2008, Fri­burgo contabilizou um aumento de 400% do índice de furto de carros em relação ao mesmo período do ano pas­sado, segundo Flávio de Almeida Narcizo, dele­gado da cidade. Ele explica que o motivo da elevação deste número é a maior repressão ao tráfico de drogas na cidade, onde a maioria dos chefes das favelas foi presa. Narcizo diz que quando o tráfico é repreendido, há um aumento nos índices de homicídio e furto de veículos, pois é a ma­neira que a indústria do pó usa para se manter.

Mas como o tráfico elege novas lideranças e assim se restabelece, já este mês percebe-se uma redução dos casos, tendo em vista que o suporte para a manu­tenção dessa ‘teia’ volta ser a distribuição de drogas. Ele ainda res­salta a importância de se exigir a nota fiscal na compra de peças de automóveis, para que a população não contri­bua com o furto de veículos.

Com o objetivo de mudar o quadro de criminalidade na cida­de, o CONSEG (Conse­lho Municipal de Se­gurança) de Nova Fri­burgo realizou, no dia 11, a contratação do CESEC e do Instituto Sou da Paz para que seja feito um diagnós­tico da violência e cri­minalidade no municí­pio. O prazo de con­clusão para o mape­amento é de 90 dias. Com isso, espera-se ter um conhecimento apri­morado da criminali­dade na cidade, para a criação de planos e metas na solução dos problemas.

Na cidade do Rio de Janeiro, o tráfico de drogas já é considerado o maior produto do crime organizado no país, com difusão in­ternacional. O Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, foi nomeado pelo governador Sérgio Cabral com a missão específica de reprimir a ação dos traficantes e equipar a PM para o combate.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

CARTA ABERTA AO OLHAR PÚBLICO

ESTAMOS TODOS DE NARIZ REDONDO

Quando me deparei com três grandes placas na Pça. Marcílio Dias (ou Paissandu) em início do mês de novembro, anunciando que seria feita uma “reurbaRnização” daquele círculo (que está fazendo papel de um verdadeiro circo), sem leitura mais apurada das informações ali contidas em placas inclusive do Governo Federal, imaginei logo que aquele rápido e espalhafatoso movimento de muitos homens e máquinas, que arrancaram, sem dó, todas as azaléias em plena e exuberante florada, tinha o objetivo de terminar a “reurbaRnização” (erro corrigido após crítica num jornal) antes do Natal, é claro, até para a ostentação da linda e já tradicional árvore iluminada 2007 que ali ganhou seu definitivo lugar.

Porém, lendo melhor as grandes placas de propaganda, constatei que o início era o de 05/11/07 para um término em 03/04/2008, com um custo de R$ 297.247,01 (sim, um final de um centavo. Isso é que é cálculo preciso e empresa competente, concluí.

Como a velhinha de Taubaté (aquela que na época da revolução era a única no Brasil a acreditar no governo), viajei nos versos do grande poeta J.G.de Araújo Jorge, que usou Friburgo como “uma parada a caminho do céu” e imaginei: baseado no tempo da obra e no seu matemático custo (com precisão cirúrgica de R$ 0,01), agora sim; o problema estaria resolvido com uma arquitetura turística da mais alta relevância para nossa cidade que, além de Suíça Brasileira e de uma parada a caminho do céu, poderia ostentar o título de “Cidade Matrimônio”.

E por que, Cidade Matrimônio ?

Pelo que continuei imaginando (considerando tempo e custo), iriam levantar a praça redonda como um circo, sobre pilotis, com um elevador panorâmico ao centro, liberando o trânsito por baixo e fazendo o registro nacional de ser a única cidade que tendo um “Véu da Noiva” na saída, agora teria um “BOLO DA NOIVA” na entrada.

De início, a obra foi logo interditada por falta de registro e adequação na segurança de seus empregados, algo inexplicável e muito primário para uma empresa que se propõe a realizar empreitada de quase 300 mil reais numa cidade com tantas necessidades básicas.

Entretanto o que se vê é mais uma obra para maquiar o cidadão, colocando-lhe nariz vermelho e redondo como a praça, numa explícita demonstração de descaso com o dinheiro público, com visual diário dos friurguenses que aos milhares, passam por ali (eu, todos os dias), com a saúde pública e com a tolerância já conhecida de um povo que nunca experimentou um “panelaço”. Nem sequer uma faixa de protesto de alguma liderança política!

Por que, pelo menos, não fizeram ali um triângulo que aliviaria o trânsito do martírio diário no local, sempre congestionado ?

Agora que já entramos para o final do mês da conclusão (abril), vejo, com tristeza, que nem bolo, nem elevador, nem solução para o trânsito, nem árvores novas, nem as azaléias floridas de volta, nada, nada, a não ser uma sangria a mais de quase 300 mil reais (isso se não houve suplemento de verba – o que caberá ás autoridades do ramo, verificarem) para uma empresa que nada tem a ver com nossa cidade e, ao final, irá colocar de sopetão, bloquetes no piso, jogar placas de grama sobre a terra revolvida (coisa que dez garis fariam no mesmo prazo), deixar também redondo, como a praça e nosso nariz, o coreto, aumentar em 3 ou 4 metros o elevado do busto de Marcílio Dias, e, após Natal, carnaval, semana santa e todos os fins de semana do período das “obras”, manter a Praça numa verdadeira bagunça, cheia de entulhos, ou seja, ao invés do meu imaginado “Bolo de Noiva”, um lixo visual, lamentável e para envergonhar todos os friburguenses que já receberam um “primeiro de abril” e, provavelmente receberão um primeiro de maio.

É ou não é motivo para refletir e ter mais responsabilidade com o voto? As eleições já estão aí. Os candidatos candidamente nos lembrando seus nomes e suas fotos sorridentes. Vamos mudar ou simplesmente acostumar com o molde de mais um NARIZ DE PALHAÇO?

José Manoel Ferreira Barboza, advogado, leitor do jornal

segunda-feira, 21 de abril de 2008

FAÇA O SEU SITE '.COM.BR'

A partir de 1º de maio, qualquer pessoa poderá ter um endereço eletrônico '.com.br'. A decisão foi tomada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), órgão responsável pela orientação dos assuntos ligados à grande rede no Brasil. Até então, apenas pessoas jurídicas, com CNPJ, podiam ser donas de domínios na web.

A mudança, segundo o CGI, atende às solicitações de usuários feitas ao Registro.br, serviço do comitê que faz a gestão dos endereços na web. Antes da medida, não era possível que pessoas físicas criassem domínios com o próprio nome.

O '.com.br' será o único domínio da categoria genérica que permitirá registro tanto com CNPJ quanto com o CPF. Pessoas com atividades comerciais e com interesses em negócios via internet agora vão poder possuir um endereço eletrônico próprio.

CARREATA DO BOTAFOGO EM FRIBURGO

A noite de ontem foi alvinegra. Botafoguenses de toda parte da cidade tiraram o carro da garagem e vestiram a camisa do Fogão para ir às ruas. Depois da vitória no Maracanã, sobre o Fluminense, por 1 a 0, e a conquista da Taça Rio, os torcedores da estrela solitária lavaram a alma e fizeram um buzinaço nas principais vias de Friburgo. Abraços e gritos de 'É CAMPEÃO" soavam alto nos ouvidos dos adversários. Os bares, lotados, abrigaram as zoações contra tricolores, vascaínos e flamenguistas. Otimistas, os botafoguenses prometeram vingança contra a urubuzada na decisão do Estadual do Rio.

Renato Silva, o autor do gol da vitória e herói do título

Crônica de uma vitória

Seu Helênio, 72 anos, alvinegro doente, assistiu ao jogo ao lado do tricolor, e velho amigo, Carlos, em um botequim na rua Monte Líbano. A cada ataque do Botafogo, o aposentado, ex-marinheiro, esfregava as maõs e gritava 'vai, vai, vai'. Quando o árbitro deu pênalti a favor do Fluminense, o coração de seu Helênio ficou apertado. O amigo Carlos já comemorava o gol antes da cobrança. Washington acabou mandando a bola na trave, esfriando o tricolor e devolvendo a esperança aos alvinegros.

Na segunda etapa, o capitão reformado da Marinha Brasileira, pediu mais um guaraná, já que parou de beber após ter sofrido um enfarte no ano passado. A esposa, diz ele, sempre lhe cheira a boca quando chega em casa, para assegurar que não há vestígio de bebida. O jogo movimentado e o domínio botafoguense no segundo tempo, encheu seu Helênio de confiança. O banho de água fria veio aos 29 minutos, com a expulsão equivocada do lateral direito Alessandro, que tocara a bola e não o adversário, em disputa com Conca, do Flu.

O capitão Lúcio Flávio levanta a Taça Rio - Fotos: O Globo online

O ex-marinheiro chegou a prever o pior. 'Agora acho que ficou difícil. O rapaz estava bem, tinha colocado uma bola na trave no primeiro tempo. O juiz é sempre contra a gente. Vamos ter que rezar para ir aos pênaltis'. O companheiro Carlos, tricolor, sentia que a vitória do Fluminense, melhor depois da expulsão, era questão de tempo. Mas aos 39, o milagre. O acuado Botafogo, depois de rebatida na entrada da área, fez o gol do título. Fábio recebeu na pequena área e cruzou para Renato Silva, demitido pelo Flu no ano passado, colocar lá dentro.

Festa de seu Helênio. A vitória estava escrita. Nem a expulsão infantil de Jorge Henrique irritou o alvinegro, que esqueceu da idade avançada e até deixou de lado as preferências musicais para dançar o 'Créu', deixando o amigo Carlos sem jeito. A partir daí, o preto e branco coloriu a cidade. Parecia um filme antigo, mas era a cor alvinegra dando o tom da noite friburguense.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

EDIÇÃO 29 - AMANHÃ NAS BANCAS

PRIMEIRA CAPA:

JORGE BITTAR EM NOVA FRIBURGO

O deputado federal Jorge Bittar esteve em Nova Friburgo na última sexta-feira, 11, e se reuniu com a classe industrial friburguense, principalmente a têxtil. A visita durou todo o dia e foi acompanhada pelo coordenador do escritório local de representação do deputado, o professor e sociólogo Sandro Gripp e pelo deputado estadual Olney Botelho. A extensa agenda de reuniões começou pela manhã na Associação Comercial de Olaria, Cônego e Cascatinha (ACIOC). O presidente da entidade, Eduardo Vogt, apresentou ao deputado um projeto de urbanização da Rua Presidente Vargas, importante via comercial da cidade, e adjacências. Bittar explicou que pretende viabilizar a proposta apresentando uma emenda ao orçamento da União no valor de R$ 600 mil.

Bittar, Sandro e Olney ouvem sugestões para incentivar o setor têxtil na HAK - Fotos: Divulgação

Mais tarde, em almoço com empresários de diversas áreas, o político tomou conhecimento dos principais anseios da classe empresarial, como a melhoria no fornecimento de energia elétrica no município e a necessidade de incentivos ao setor têxtil. Bittar se comprometeu a promover uma reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para solucionar o problema e ainda disse estar disposto a "comprar a briga" do setor têxtil com relação à invasão de produtos chineses no Brasil.

Reunião e reivindicações

O presidente do Conselho da Firjan - Regional Serrana, Cláudio Tângari, ressaltou durante o encontro a ajuda que Bittar vem prestando ao desenvolvimento sócio-econômico da cidade e ao setor educacional e citou a criação de uma unidade do Cefet e a incorporação da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo à Universidade Federal Fluminense como exemplos deste empenho. “O Cefet vai promover uma revolução no patamar industrial do município”, afirmou. Segundo representantes do setor metal-mecânico, presentes ao almoço, a produção cresceu 30% no último ano. O crescimento foi creditado à atuação de Bittar na cidade.

Sandro Gripp e Jorge Bittar discutem a construção do Centro de Convenções

No meio da tarde, em reunião com Carlos José Ieker dos Santos, diretor financeiro da empresa têxtil HAK, e com Gilson Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Nova Friburgo, o deputado Jorge Bittar recebeu um documento com sugestões de medidas para incentivar o setor. Entre os pedidos, estão a desoneração de tributação do PIS e da COFINS com aplicação de alíquota zero sobre as receitas brutas, a abertura de linha de financiamento para o comércio pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), além da linha de financiamento para a indústria e para aquisição de equipamentos pelo BNDES e a reedição do Programa de Recuperação Fiscal (REFIS I).

Em seguida, Bittar participou da apresentação do projeto de construção do Centro de Convenções de Nova Friburgo, realizada no SESC durante a Fepro (Feira da Promoção de Nova Friburgo). Ele encerrou a visita participando de uma reunião na Associação de Moradores de Amparo, distrito de Nova Friburgo. A presidente da entidade, Hermelina Oscarina Schuenck, juntamente com membros da comunidade, pôde repassar ao deputado alguns dos principais problemas da localidade e, mais uma vez, a questão do fornecimento de energia elétrica foi o centro das reivindicações.

Fonte: ASCOM Jorge Bittar

NO CARIOCÃO 2009, GRANDES VÃO TER QUE IR AO INTERIOR

Acabou a mamata. Depois de muitas críticas, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) já adiantou que na próxima temporada os clubes pequenos terão o direito de mandar jogos contra os grandes em seus estádios.

No Cariocão deste ano este tipo de confronto ficou restrito a três sedes: Maracanã, São Januário e Engenhão. "Quando terminar a competição, vou me reunir com o restante da diretoria para analisarmos alguns pontos que precisam ser melhorados em 2009. Posso adiantar de antemão que as equipes pequenas vão ter o direito de jogar em seus estádios. Se por acaso a praça esportiva for inadequada para a realização de partidas, vamos transferi-la para um local alternativo, nas proximidades", disse o presidente da Ferj, Rubens Lopes, em entrevista à Rádio Brasil.

Além do 'equilíbrio de forças', o dirigente acredita que a medida evitará brigas entre torcidas, provocadas por jogos marcados para o mesmo horário ou rodadas duplas. "Com as partidas sendo disputadas em outros locais, evitaríamos esses encontros e diminuiríamos as brigas que ocorreram. Isso tudo será estudado brevemente".

Fonte: Globo.com

quinta-feira, 17 de abril de 2008

DESEMPREGO CRESCE 16% EM FRIBURGO

Dona Maria do Carmo Batista, 40 anos, moradora de Olaria, sabe bem o que é a fila do desemprego. “Com três filhos para criar, o que o meu marido ganha não é suficiente. Es­tamos passando dificuldade desde maio do ano passado, quando fui demitida. Entreguei tudo nas mãos de Deus”, lamenta a doméstica, mãe de Carlos, 5, Douglas, 9, e Diego, 14.

Os números do Ministério do Trabalho de Nova Friburgo não são animadores. De janeiro a março deste ano, a lista de desempregados tem 2.756 nomes, 388 a mais que o mesmo período de 2007, quando havia 2.368 trabalhadores desocupados.

O aumento de 16% nos dados gerais assusta ainda mais ao se analisar o mês de fevereiro, que conta­bi­lizou acréscimo de 38% em relação ao ano passado. 1.053 pessoas deram entrada no seguro-desemprego em 2008, contra 763 em 2007.

Os números do Ministério do Trabalho não levam em conta trabalhadores sem carteira assinada ou que já estivessem desempregados no período, apenas aqueles que foram demitidos nesses meses.

Fuga de empresas

Segundo alguns empresários fribur­guen­ses, o aumento de demissões na cidade tem a ver com a recessão econômica do país e a fuga de indústrias, que buscam maiores incentivos fiscais. “Além da diminuição nas vendas e o desaquecimento do mercado nessa época, é preciso avaliar que o município está perdendo sucessivamente diversas indústrias. Esse é um processo que começou há 15 anos. Os impostos daqui, infelizmente, não são atrativos, e a negociação com a Prefeitura é difícil”, diz Roberto Strass, empresário do setor têxtil.

O aumento do desemprego não é um fenômeno local. Números recentes divulgados pelo IBGE dão conta da existência de 2,8 milhões de brasileiros sem ocupação.

MOSTRA DE CINEMA EM FRIBURGO

A 5a. Mostra de Cinema Popular Brasileiro levará curtas, médias e longas-metragens para Nova Friburgo, no feriado de Tiradentes. Este ano, acompanhando o novo calendário instituído em 2007 pela organização da Mostra, o evento acontecerá novamente em abril, de 18 a 20, durante o fim de semana do feriado de Tiradentes.

Uma parceria firmada entre a produção da mostra e a Prefeitura de Nova Friburgo, através de sua Secretaria de Cultura, possibilitará o primeiro circuito paralelo do evento. Ao mesmo tempo em que a comunidade do sétimo distrito de Nova Friburgo, São Pedro da Serra, assistirá a curtas, médias e longas-metragens na sala multimeios do Espaço Cultural São Pedro da Serra, turistas, moradores e público em geral poderão participar das sessões da mostra no Centro de Arte de Nova Friburgo; todas com entrada franca e censura livre.

A mostra, que em 2006 propôs um debate sobre a realidade política do brasileiro, exibindo filmes consagrados da cinematografia nacional como Entre Atos, de João Moreira Salles, Peões, de Eduardo Coutinho, Intervalo Clandestino, segundo longa-metragem de Erik Rocha, Vocação do Poder, de José Joffily, entre outros curtas, apresentou uma sessão bastante crítica ao "jeitinho brasileiro, ou do brasileiro", na sua última edição, em 2007, exibindo filmes como Cidade Baixa, Madame Satã, os curtas Hip-Hop com dendê, A última do amigo da onça, Operação Morengueira, entre outros.

Este ano a mostra apresentará um perfil do Filme Ambiental e Etnográfico de Rio das Ostras, realizado em novembro passado, no Pólo da Universidade Federal Fluminense do município (PURO). Ao todo serão apresentados 24 filmes de realizadores de diversos estados brasileiros. A programação será dedicada à questão ambiental e ao cinema documental com enfoque para as realizações que abordam aspectos culturais do povo brasileiro.

domingo, 13 de abril de 2008

NOVA FRIBURGO VIROU RIO

15 minutos de chuva intensa foram suficientes para inundar o centro de Nova Friburgo, na tarde de terça-feira, 8. A rua Farinha Filho ficou alagada e o trânsito paralisado. Pedestres se apertavam nas calçadas e comerciantes tentavam empurrar a água com vassouras.

O rio que se formou na avenida da Praça Getúlio Vargas levou muita lama e sujeira dos bueiros às calçadas. Quem passava pelo piso escorregadio e enlameado tomava a precaução de andar com as pontas dos pés. Mulheres com carrinhos de bebê tentavam em vão livrar os filhos da água e dos detritos da enchente.

"É um absurdo. Alguns minutos de chuva e todo esse caos. Como é que eu vou passar com o carrinho por aqui?", indagou uma mãe, que levava o filho ao outro lado da rua alagada. O comerciante Antônio Borges, proprietário de loja na Farinha Filho, se surpreendeu com a rapidez com que a água ganhou volume. "De repente tudo estava inundado. Parece que esses bueiros estão entupidos. A chuva não escoava. Veio tudo para as calçadas e lojas. Agora é pegar mangueira e rodo, fazer o quê", se conformou Antônio.

O incidente de terça-feira é comum nas ruas do centro da cidade, segundo lojistas e pedestres, que contam com a sorte quando a chuva ameaça cair dos céus friburguenses. Donos de estabelecimentos já se precaveram para o fato. Um protetor de ferro é sempre colocado na entrada das lojas para a água não invadir e disputar espaço com os comerciantes.

A Defesa Civil não registrou casos graves durante o temporal. Houve algumas quedas de barreiras em Riograndina, sem vítimas, e ruas que cederam em diversas partes da cidade pela erosão provocada pela água da chuva.

VEJA VÍDEO DA ENCHENTE NO POST ABAIXO:

segunda-feira, 7 de abril de 2008

FRIBURGO É O MAIOR PRODUTOR DE CRISÂNTEMOS DO ESTADO

Produção de crisântemos de Vargem Alta já é referência no país

Muito utilizado em arranjos para decoração, o crisântemo produzido no território fluminense já atende a 100% da demanda destas flores no estado. A avaliação é dos próprios produtores, que anteriormente dividiam esse mercado com o produto vindo principalmente de São Paulo.

É da localidade de Vargem Alta, em Nova Friburgo, que saem mensalmente 60 mil mocas de crisântemos (maços com cerca de 1 ½ kg, formado por 10 a 20 hastes, com 10 flores cada uma), para serem comercializadas, em sua maioria na Cadeg (Centro de Abastecimento da Guanabara), em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. O preço de venda da moca sofre alterações de acordo com a variedade e época do ano. Atualmente, são vendidas na faixa de R$ 5 a R$ 8 cada.

No município de Nova Friburgo, dos cerca de 220 agricultores familiares que produzem flores de corte de clima temperado, com propriedades de 1 a 2 hectares, em média, 100 deles respondem por praticamente toda a produção de crisântemo que abastece o mercado fluminense.

De acordo com Nazaré Dias, Coordenadora do Programa Florescer, para incentivo à produção de flores e plantas ornamentais, da Secretaria de Agricultura, o crescimento da produção dessa espécie se deu nos últimos cinco anos, a partir do momento em que a floricultura no estado passou a ser vista como uma atividade do agronegócio e contar com políticas públicas específicas para o segmento.

– Houve capacitação e treinamento de produtores, que passaram a conhecer as demandas e exigências do mercado. Aqueles que anteriormente cultivavam várias espécies passaram a focar a sua produção para direcionar o abastecimento. Embora seja um produto que não alcance grandes cotações de preço, a rentabilidade do produtor se dá em função do volume comercializado – explica Nazaré.

Produtores comemoram

Manoel Vadite Chaboudet, que há 20 anos produz flores em Vargem Alta, destina grande parte dos 13 hectares de sua propriedade para o cultivo de crisântemos. Na opinião dele, para que o produto da localidade obtenha melhores ganhos e competitividade no mercado é necessário o estabelecimento de padrões de qualidade e a definição de uma marca para diferenciar a flor produzida na região.
– A união dos produtores neste momento é fundamental para que possamos criar infra-estrutura para consolidar nossa participação no mercado estadual e abrir novos canais de comercialização, inclusive em outros estados – avalia Chaboudet.

Atualmente o produtor aguarda a liberação de financiamento do Florescer para investir em sua produção. Os R$ 50 mil do crédito serão usados na construção de estufas para produzir chuva de prata, flor de corte utilizada para composições em arranjos florais. Devido a sua sensibilidade, exige cultivo protegido para garantia de qualidade e produtividade.

A produção de crisântemos de Vargem Alta já é uma referência. Depois das rosas, é a segunda flor de corte mais comercializada, tanto no estado quanto no país. É comum a visita de produtores de outras regiões para conhecer a tecnologia utilizada pelos produtores serranos.

O crisântemo é uma planta de ciclo rápido que floresce em apenas 90 dias. O manejo é um dos segredos que os produtores de Vargem Alta dominam para atender à demanda do mercado fluminense. Como cada planta só dá uma florada, estão sempre plantando novas mudas, tendo plantas em vários estágios de desenvolvimento.

- Enquanto colhemos um canteiro, iniciamos o plantio de outro. Ao contrário da rosa, que é uma planta perene, o crisântemo só floresce uma vez. Por isso, estamos sempre plantando novas mudas – disse Chaboudet.



Cuidados na pós-produção

Cuidados com a pós-colheita também garantem a qualidade da flor. Depois de colhida, é necessário hidratar a flor e guardá-la em câmaras frias até serem entregues no mercado. Para produzir com qualidade é necessário estufas e irrigação.

Uma curiosidade são as lâmpadas nas estufas. A explicação técnica vem da coordenadora do programa Florescer.

- O crisântemo é uma planta de dias curtos, que tem fotoperíodo crítico de 13 horas. Para que ocorra o seu crescimento, é necessário que a duração da luminosidade dos dias seja superior a 13 horas, por isso utilizam-se as lâmpadas. Já na época da floração, são necessários dias mais curtos. Para escurecer os canteiros e dar a falsa impressão de noite, o produtor utiliza plásticos escuros, explica Nazaré.

No último censo agrícola eram 194 produtores dedicados a floricultura na região, mas a cada dia mais adeptos se juntam ao time de floricultores de Vargem Alta. A idéia de time condiz com o grupo, que agora se organiza para formar uma cooperativa. Apesar de saírem diariamente cerca de 10 caminhões de flores, principalmente para abastecer a Cadeg, os produtores apontam o mercado como a grande dificuldade de crescimento.

- A oferta aumentou, e o espaço para a floricultura na Cadeg continua o mesmo. Queremos ampliar a produção, mas esbarramos na dificuldade para comercializar - destaca Vadite.

Outro entrave é a falta de comunicação. Na localidade não há telefones residenciais ou públicos, e o celular pega com dificuldade. A secretaria de Agricultura está buscando local para estabelecer o Mercado de Flores do Estado do Rio. A idéia é disponibilizar um espaço exclusivo para a atividade, com câmaras frias e infra-estrutura para o produtor realizar sua negociação.

O crisântemo é uma planta de tradição de cultivo milenar nos países asiáticos. Em grego, significa flor de ouro. É cultivada há mais de 2.500 anos na China e considerada uma das plantas nobres do país. Foi levada ao Japão pelos budistas e, por sua semelhança com o sol nascente, acabou por se tornar um símbolo do país, inclusive fazendo com que o trono do imperador ficasse conhecido como o Trono do Crisântemo.
Fonte: Ascom Secretaria de Estado de Agricultura

BALCÃO DE EMPREGOS DE NF

VAGAS:

1 pesquisador de mercado
1 consultor de vendas externas
7 vendedores externos
2 agentes bancários
3 marcineiros
1 responsável p/ serviço externo
1 cozinheira
2 cozinheiros
1 chefe de cozinha
1 manicure
1 cabeleireiro
2 auxiliares de cabeleireiro
1 divulgador
1 lanterneiro
1 pintador de autos
1 auxiliar de fundição
1 moto-boy
1 doméstica
20 corretores de turismo
1 instrutores de informática
1 técnico em informática
1 consultor de vendas
1 atendente
1 auxiliar de escritório
1 jardineiro
1 técnico em edificações
1 engenheiro
1 serralheiro
60 costureiras
10 manicures
1 instrutor de web design
1 técnico em som e tv
1 ajudante de caminhão

Para grande supermercado:

auxiliar administrativo
subgerente
supervisores
secretárias recepcionistas
caixas
repositores
embaladores
motoristas
moto-boy
padeiro
confeiteiro
ajudante de cozinha
açougueiro
pedreiro
servente

domingo, 6 de abril de 2008

RIO PAQUEQUER AGONIZA EM SUMIDOURO

Estudante de Geografia da UERJ estuda o processo histórico de degradação das águas do Rio

O projeto “Memória social sobre saúde e ambiente” em Sumidou­ro realiza mais um im­portante estudo através do pesquisador Rafael Dias. O estudante de ge­ografia da UERJ es­colheu o Rio Paquequer como assunto para seu trabalho de conclusão de curso. O relatório parcial já será apre­sentado no próximo mês durante a Jornada de Iniciação Científica da FIOCRUZ.

Segundo Rafael, um dos pontos de partida do estudo foi a matéria do OLHAR PÚBLICO ‘Crédito rural para produtores’, onde são apontadas algumas medidas a serem toma­das, no que se refere, principalmente, à pro­teção de nascentes.

“A utilização insus­tentável dos recursos naturais se tornou, nos últimos anos, o alvo de pesquisadores. O uso incorreto do solo, o desmatamento, a po­luição atmosférica e a degradação dos rios estimulam debates e sensibilizam para que sejam tomadas atitudes imediatas para preser­var e conservar os re­cursos naturais, es­senciais à vida”, explica o pesquisador.

Meio ambiente é fonte de estudos

A pesquisa aborda um histórico de natu­reza e ocupação, se­guindo a linha de in­vestigação de uma corrente conhecida co­mo História Ambiental, que trata a interação sócio-econômica, a percepção e o diálogo de um indivíduo ou gru­po com o meio natural. Para isso, são recolhidos os depoimentos de mo­radores mais antigos e outros que acompa­nharam e podem relatar esse processo.

A segunda parte será a observação dos aspectos físicos da região e as prováveis alterações no meio, analisando principal­mente as conseqüências que isso trouxe ou po­derá trazer ao Paque­quer.

O estudante apon­ta a gravidade do uso de agrotóxicos e a ne­cessidade de proteção aos mananciais e con­servação da floresta nativa e matas ciliares, evitando assim a su­pressão da vegetação em cursos de água.

“É preciso também ter a noção exata do grau de desmatamento na região, para que se possa tomar as medidas cabíveis para evitar, ou até mesmo tentar reverter alguns impac­tos que isso traz ao Rio Paquequer.” Esse é desejo de muitos sumidourenses, como Idálio Ferreira Agostinho, que viu, quan­do criança, o rio limpo, fato que hoje é apenas uma história contada aos mais jovens.

Reportagem: Jaqueline Ferreira

MARCELO VERLY ATACA GOVERNO SAUDADE

'Vivemos um apagão econômico'
Vereador Marcelo Verly critica governo Saudade e diz que Friburgo vive retrocesso


Formado em Administração e com mestrado em Engenharia de Produção, Marcelo Verly, segundo ele próprio, pautou sua vida profissional no desenvolvimento tecnológico e educacional de Nova Friburgo. Incentivado por amigos e colegas, decidiu entrar no mundo da política em 2000, filiando-se ao partido da então candidata à prefeita Saudade Braga. Marcelo foi convidado pelo atual governo em 2002 para liderar a secretaria geral da Prefeitura. A união com Saudade durou até 2005, quando Verly, já eleito vereador, rompeu com a prefeita e migrou para o PSDB, alegando não concordar com os rumos dados pelo governo municipal. Em entrevista ao OLHAR PÚBLICO, ele faz uma análise da política friburguense e se diz insatisfeito com a administração do executivo.

Olhar Público - Marcelo, como você avalia o seu primeiro mandato na Câmara Municipal?
Marcelo Verly - Tem sido um espaço de grande aprendizado. Estamos realizando audiências públicas e discutindo os projetos com a sociedade. A Câmara está com as portas abertas para a população e a convida a participar do processo político de nossa cidade. Tenho usado o meu mandato no intuito de trazer a comunidade para dentro do debate e realizar ações como a expansão do ensino superior, inclusão digital aos idosos e a mobi­lização de todos para a importância de um pólo universitário em Fribur­go.

OP - Você, quando eleito em 2004, fazia parte do grupo da Saudade Braga. O que motivou, após isso, o rompimento com a prefeita de Nova Friburgo?

Verly - Eu acreditava, antes desse fato ocorrer, que a eleição da então prefeita representava uma mudança ao modelo ultrapassado que estava em vigor. No entanto, com o passar dos anos, muito pouco se avançou em três pontos fundamentais: a participação popular, que foi des­considerada amplamente pela atual administração; a transparência das contas públicas, que são pu­blicadas no diário oficial sem maiores explicações e o setor econômico, que hoje vive um apagão, com a fuga de grandes empresas da cidade. Isso começou a gerar um afastamento definitivo e surgiu então a idéia de empreender um caminho próprio, de mudança e novas propostas.

OP - O que há de verdade na sua união política com o deputado estadual Olney Botelho?

Verly - O PSDB reconhece no Olney uma liderança importante na cidade. Há um entendimento no partido de que o deputado tem um compromisso sério com o desenvolvimento de Nova Friburgo. Portanto, a possibilidade de compor um diálogo com o PDT ou mesmo uma chapa conjunta para disputa do executivo é possível.



A política da cidade está muito claramente definida entre o grupo do passado,
que vive tentando ressurgir das cinzas, representado por Paulo Azevedo; o grupo
do presente, que já esgotou o modelo e se mostrou insuficiente para resolver os
problemas fundamentais da cidade, representado pela Jamila Calil; e o grupo do
futuro, que tem o pensamento mais moderno e sintonizado com os anseios da
população

OP - Você é candidato a prefeito?

Verly - Na verdade, sou pré-candidato a prefeito. As convenções dos partidos acontecem em junho, aí iremos decidir se vamos lançar candidatura própria ou coligada à outra legenda.

OP - Há uma tentativa de união entre PSDB e PT, adversários históricos, em diversas regiões. A­qui em Friburgo isso é possível?

Verly - Quando você coloca como prioridade o desenvolvimento da cidade ou do país, eu acho perfeitamente viável que concorrentes de longa data possam se unir e promover um entendimento. Ainda que não haja uma convergência dos seus programas nacionais, aqui em Friburgo há um diálogo com vários partidos, inclusive com o PT. As portas estão fechadas somente para partidos que não representam mais o avanço da sociedade friburguense.

OP - Qual a avaliação que você faz da política de Nova Friburgo?

Verly - A política da cidade está muito claramente definida entre o grupo do passado, que vive tentando ressurgir das cinzas, representado por Paulo Azevedo; o grupo do presente, que já esgotou o modelo e se mostrou insuficiente para resolver os problemas fundamentais da cidade, representado pela Jamila Calil; e o grupo do futuro, que tem o pensamento mais moderno e sintonizado com os anseios da população.

OP - Você e Olney estão em que grupo?

Verly - Estamos trabalhando para nos inserir no grupo dos que procuram mudanças. Não podemos mais admitir o que está acontecendo hoje, com a saúde sendo usada como meio de fazer politicagem, e a economia indo de mal a pior.

OP - E o futuro é promissor?

Verly - Olha, isso depende da população, que deve escolher bem nas próximas eleições.
Entrevista: Gabriel Calixto

sábado, 5 de abril de 2008

AMÉRICA VENCE FRIBURGUENSE, MAS É REBAIXADO

Tia Ruth, torcedora símbolo do América, recitava os versos de Lamartine Babo no início da partida: “Hei de torcer, torcer, torcer... hei de torcer até morrer, morrer, morrer”. Pois o América, como suscita o hino, não morreu, mas foi arremessado a um abismo do qual vai demorar para escalar o caminho de volta. Rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Carioca, o ‘diabo’ vive um inferno astral. O jogo de hoje, disputado em Friburgo, teve gritos de luta e um silêncio estrondoso. Nem a vitória por 2 a 0 sobre o time da casa salvou o ‘Mequinha’. O vermelho virou luto e a história centenária congelou no tempo.

Medo e angústia

A numerosa torcida do América que compareceu ao estádio Eduardo Guinle esperava um milagre. O time precisava vencer e torcer por dois tropeços de adversários. O Friburguense entrou em campo com a missão de se classificar à série C do Brasileirão deste ano. Muito exaltados, os torcedores do tricolor serrano levaram caixões simbolizando o enterro do América e passaram boa parte do jogo provocando os ‘diabos vermelhos’, com gritos de ‘Segunda Divisão’.

O clima tenso nas arquibancadas se espalhou pelo gramado e alcançou os jogadores. As equipes demoravam a se acertar. O único destaque da partida era o árbitro Edílson Soares da Silva, que parecia ter vindo a Friburgo com o objetivo de ser o salvador da pátria americana. Ele invertia faltas, inventava outras; sempre contra o time serrano. Aos 10 minutos do primeiro tempo, numa das infrações inexistentes assinalada pelo juiz, o meio-campista Élton, do América, bateu no canto esquerdo de Adriano. A bola raspou a trave.

Impulsionados pelos gritos de Tia Ruth, que ficou em pé durante toda a partida e não parou um minuto sequer de incentivar os jogadores, o América buscava o ataque a qualquer preço. Desordenado, o time não conseguia furar o bloqueio tricolor. Aos 30, um gandula do Frisão, acusado de retardar a reposição de bola, foi expulso pelo árbitro e massacrado por vaias e xingamentos dos torcedores do ‘sangue’.

Quando tudo parecia se encaminhar para um final enfadonho, Élton, melhor jogador em campo, mandou um balaço de perna direita, do meio de campo, e quase surpreendeu o goleiro Adriano. A torcida americana chegou a gritar gol, mas na hora H o arqueiro do Friburguense jogou para escanteio. Na saída para os vestiários, torcedores da área de sócios do time serrano jogaram garrafas no trio de arbitragem e acabaram acertando um tenente da Polícia Militar. O tempo fechou e a PM teve que subir às arquibancadas para conter os ânimos exaltados.


Bruno Carvalho comemora o segundo gol americano

Gols e tristeza

A angústia americana de repente explodiu em gol quando Magno, atacante do América, foi derrubado fora da área e o árbitro deu pênalti. Fernandão, aos 7 do segundo tempo, colocou no canto direito e desafogou a alma da massa vermelha. Á essa altura, o Mesquita estava sendo derrotado pelo Duque de Caxias, na baixada Fluminense, o que significava a salvação para o Mequinha.

Inspirados pelo gol, os jogadores do ‘diabo’ continuaram pressionando o Friburguense, que parecia sonolento e desinteressado. Talvez a revolta contra a arbitragem tenha anestesiado os tricolores. Aos 30 minutos, porém, Gilson invadiu a área e foi derrubado por trás. O juiz, bem colocado, fez que não viu o pênalti e mandou a partida seguir. 3 minutos depois, Bruno Carvalho ampliou para o América. Ele recebeu dentro da área, driblou o zagueiro e chutou cruzado para as redes.

O milagre parecia ser real. Mas, lá na baixada, o Duque de Caxias sofreu a virada. Foi um balde de água fria na alegria americana. Nesse momento, o esforço era em vão. Como que num passe de mágica, surgiu a notícia de que o Duque de Caxias empatara. Festa do ‘sangue’. Torcedores se abraçavam e sorriam. Veio então a confirmação fatídica. Quem havia feito o gol era o Mesquita. Fim da ilusão. A realidade do rebaixamento trazia à tona a lágrima reprimida.


Torcedora chora o rebaixamento do América

Torcedores revoltados

Na saída do estádio, uns choravam, outros gritavam revoltados. A mãe de Patrícia, que não conseguiu dizer o próprio nome, pois se debulhava em lágrimas, prometeu continuar fiel ao América: “Há 50 anos torço com todo o meu coração. Continuarei amando o meu time”, declarou, em prantos, consolada pela filha. Tia Ruth estava séria e pedia calma. “Agora é preciso apoiar a equipe mais do que nunca. Não podemos abandonar nossos meninos. Vamos continuar a luta”, falava a senhora de 75 anos, aos ouvintes atentos, que tentavam consolá-la, mas acabaram sendo consolados por ela.

Nas palavras de Alfredo Soares, torcedor do Fluminense, que viajou a Friburgo em solidariedade ao América, a memória americana deve ser restaurada. “Não é possível que um time que já teve os melhores jogadores do país e levantou diversos títulos fique de fora da elite do futebol. O brasileiro tem que entender que a história é mais importante do que as circunstâncias”, filosofou o aposentado, de 76 anos, que seguiu de volta ao Rio com a esperança de ver o América voltar a ser o ‘campeão de 13, 16 e 22’.

Fotos: Gerson Gonçalo

Reportagem: Gabriel Calixto

sexta-feira, 4 de abril de 2008

27ª EDIÇÃO - AMANHÃ NAS BANCAS

Primeira Capa:

VIDA PRÉ-HISTÓRICA EM SUMIDOURO

Pesquisadores analisaram amostras encontradas na caverna da Pedra de Santa Rita

Sumidouro vira sítio paleontológico

O último feriado teve um gostinho a mais para a localidade de Campo Leal, em Sumidouro. A equipe de Iniciação Científica da UNIRIO realizou a terceira expedição pal­eontológica na Pedra de Santa Rita, em busca de fósseis pré-históricos na região.

“É a primeira vez que trabalhamos com fósseis e animais vivos, atuais, sobretudo mor­ce­gos. Coletamos al­guns mamíferos e va­mos estudar a dieta, a quantidade e a diver­sidade das espécies com o objetivo de entender a biodiver­sidade do Estado do Rio”, informou Leandro Santos Avilla, pesquisa­dor e chefe da expedi­ção.

A equipe é com­posta por 13 alunos de biologia, cada um com seu projeto. O estudo de fósseis, tatus e mor­cegos pautam as con­versas do grupo, que se interessam também pelos parasitas dos animais, como ácaros, carrapatos e moscas.

Pesquisador faz mistério

A pesquisa tem início em Sumidouro, mas tende a se ex­pandir para outras ci­dades do estado, cole­tando dados impor­tantes e inéditos sobre a vida pré-histórica na região sudeste do Brasil, como afirma o paleontólogo e res­ponsável pelo labo­ratório de Mastozo­ologia da Universidade Federal do Rio de Ja­neiro (LAMAS/UNIRIO), Leandro Avilla.

“As duas primeiras expedições foram muito impor­tantes, reper­cutiram na mídia naci­onal e inter­nacional. Esperamos que esta também pro­voque o mesmo efeito, pois reunimos dados iné­ditos que ainda não gos­taria de revelar”, declarou Leandro, fa­zendo mistério acerca das novas descobertas. O retorno da e­quipe à cidade já está sendo negociado com o coordenador de Tu­rismo de Sumidouro, Auro Torres.

FRIBURGO SOFRE COM BURACOS

CRATERA na rua Josina Barbosa Folly, perto da subida das Braunes, obstruiu passagem de veículos

Crateras em ruas, calçadas esburacadas e vias interditadas deixam moradores revoltados

Verdadeiras crateras nas ruas, calçadas esbu­raca­das e friburguenses irritados. O resultado dessa equação pode ser medido a cada passo em falso nos ‘abismos’ a céu aberto. A equipe do Olhar Público fotografou as áreas acidentadas e ouviu os moradores desses locais.

As reclamações vão desde a demora de soluções e reparos até histórias de quedas e ferimentos. Josimar Pereira, 42 anos, morador da rua Josina Barbosa Folly, na subida das Braunes, pede pressa à obra na rede de esgoto da via, que cedeu com as chuvas e está obs­truída. “Estamos esperando há 30 dias. A cratera continua aberta. Tenho medo que alguma criança caia ali dentro. O buraco está muito fundo”, preocupa-se o morador.

PEDESTRE se arrisca no asfalto para fugir dos buracos nas Braunes

Calçadas com o mesmo problema

Além do trecho acidentado a que Jo­simar se refere, as calçadas da rua Carlos Braune, principal via do bairro, que dá acesso à Universidade Estácio de Sá, estão destruídas, segundo moradores, há mais de seis anos. Estudantes e pedestres precisam desviar pelo asfalto, sujeitos aos perigos do trânsito, quando chove.

A estudante de direito Márcia Gomes Tarso, 21 anos, reclama do piso ruim por onde passa todos os dias. “Já é péssimo quando está seco, com os buracos e as lajotas soltas, formando obstáculos. Em dia de chuva, vira uma lama só, é impossível transitar por ali”.

Segundo o engenheiro Carlos de Abreu, os acidentes nas vias provocados por problemas nas redes de esgoto ou águas pluviais, devem ser sanados pela CAENF. Já os transtornos causados por redes de águas fluviais, a Pre­feitura deve resolver.

‘De repente tudo começou a ruir debaixo de mim’

Ivan Lobato, 58 anos, descia a ladeira em frente ao cemitério São João Batista, quando o solo ruiu sob seus pés. O morador da Rua Au­gusto Severo, no centro da cidade, teve feri­mentos nos braços e foi encaminhado ao Hospital Raul Sertã. De acordo com Ivan, ele carregava, segundos antes, sua neta, de dois anos, no colo. “Foi muita sorte ela não ter caído comigo. Um pouco antes, eu a entreguei para minha filha, que estava ao lado, e de repente o chão todo começou a ruir debaixo de mim”.

Segundo o morador, foi feita uma notificação na defesa civil do município e um laudo médico do ferimento. Ivan pretende procurar a prefeitura de Nova Friburgo para entrar em acordo quanto à indenização relativa aos danos causados.