domingo, 27 de janeiro de 2008

FRISÃO VENCE CABOFRIENSE E MANTÉM 100% CONTRA PEQUENOS




FOTOS GERSON GONÇALO






Em tarde de muita chuva, no estádio Alair Corrêa, em Cabo Frio, o time do Friburguense venceu a equipe da casa por 2 a 0, gols do atacante Alex e do meio-campo Victor Hugo. Frisão chega ao 4º lugar, com seis pontos, e mantém 100% de aproveitamento contra os times pequenos. O próximo jogo da equipe é contra o Madureira, no Rio, na quarta-feira.

Alex, homem-gol

O primeiro tempo começou com a Cabofriense no ataque, aproveitando o apoio dos 500 torcedores que compareceram à partida. Fora de campo, uma briga entre o secretário de Esportes de Cabo Frio, José Ricardo, e o presidente da equipe praiana, Valdenir Mendes, chamou a atenção dos presentes, já que ambos torciam pelo mesmo time.

Enquanto o tempo fechava entre os dirigentes, aos 22 minutos, quando o jogo já estava equilibrado, o Friburguense acertou a trave. Depois de falta cobrada por Victor Hugo, o goleiro Gatti largou na frente do atacante Marcos, do Frisão, que chutou no travessão. A bola ainda bateu em cima da linha antes da defesa final do arqueiro de Cabo Frio.

O gol saiu aos 31 minutos, após falha do meio-campo Tenório, da Cabofriense. A bola foi roubada no centro do campo e lançada ao lateral direito do Frisão, que centrou para área. Alex recebeu o cruzamento, matou no peito e fuzilou no canto direito do goleiro. 1 a 0 Friburguense. O time da casa ainda tentou reagir, mas a primeira etapa terminou com vantagem para o tricolor da serra.

Frisão no contra-ataque

A Cabofriense partiu com tudo no segundo tempo. A equipe praiana tentava vencer o bloqueio formado pelo técnico do Friburguense, Cleimar Rocha. O jogo seguiu em temperatura baixa, com os times sentindo o campo pesado e a chuva intensa. Aos 33 minutos, Ziquinha, que entrara no lugar do jovem Marcos, quase ampliou, depois de driblar o zagueiro e chutar em cima de Gatti.

Quando a Cabofriense tentava a última cartada, nos minutos finais da partida, o Frisão sacramentou a vitória. Aos 44, Ziquinha cruzou da direita, Victor Hugo dominou a bola e mandou por baixo do goleiro: 2 a 0, placar final.

SUMIDOURO RADICAL: PROVAS DO ESTADUAL DE MOTOCROSS DEVEM VOLTAR À CIDADE

Sumidouro poderá receber novamente uma etapa do Campeonato Estadual de MotoCross. Na última quarta-feira, 23, secretários municipais, o Assessor de Coordenação e Planejamento, Luiz Henrique e o Coordenador de Turismo, Auro Torres, receberam os presidentes da Confederação Brasileira de Motociclismo, Alexandre Caravana, e o da Federação de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ), Luis Felipe Teixeira.

Durante a reunião na prefeitura, a assessoria do prefeito Manoel Araújo manifestou o desejo de voltar a realizar uma prova do Campeonato Estadual, já disputado na cidade de 1995 a 2001. Sumidouro, segundo os secretários, dispõe de pistas e de um povo que tem paixão por motos. O município, que não recebe uma corrida estadual há sete anos, hoje conta com dois traçados na área urbana, Fazenda Panparrão e Boa Ventura, além de outro na área rural.

Alexandre Caravana colocou à disposição da cidade a CBM e a FEMERJ, reiterando a vontade de ter o município como sede de uma etapa do Estadual de MotoCross. “É uma grande oportunidade para Sumidouro voltar a realizar um enduro. Os pilotos gostam daqui e do traçado. Hoje teríamos muitos pilotos de Minas e São Paulo também, pois o campeonato das federações de lá tem passado por grandes problemas, e a localização aqui facilita bem”, ressaltou.

Transmissão da TV

A CBM e a FEMERJ, segundo Alexandre, assinaram contrato de patrocínio com a TV ESPN Brasil, detentora dos direitos de transmissão da competição nacional e estadual. Isso trará visibilidade para os campeonatos e às cidades que vão sediar as provas. Para realizar novamente um enduro do estadual, o município terá que fazer alguns investimentos na pista, atendendo às exigências das instituições organizadoras.

Os presidentes da FEMERJ e da CBM, o assessor de Coordenação e Planejamento, o Coordenador de Turismo e Fábio Oliveira, que organizou as provas do estadual, já ocorridas em Sumidouro, vistoriaram as pistas da exposição e da fazenda Panparrão. Na avaliação da equipe, o traçado da exposição é o preferido dos pilotos do estado, mas a pista da fazenda é nova e possui um visual muito bonito. “Agora é avaliar melhor, agendar uma boa data e transformamos a Cidade Paraíso na capital do MotoCross”, disse Auro Torres.

Em seguida, a comitiva se encontrou com o prefeito Manoel Araújo, onde foi relatada a vistoria e a possibilidade da cidade sediar novamente uma etapa do estadual de MotoCross. “Será uma honra para a nossa cidade ter a volta desta competição pela qual a nossa população é apaixonada. Dentro das nossas possibilidades, não mediremos esforços para que se concretize essa proposta”, avaliou Manoel Araújo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

MILAGRE EM SUMIDOURO: CAMINHÃO INVADE CASAS, PEGA FOGO E MORADORES SAEM ILESOS















































































Na tarde da sexta-feira, 18, aproximadamente às 17h30, a cidade de Su­midouro foi abalada por um acidente no km 01 da RJ 156, envolvendo um caminhão carregado de combustível. O veí­culo perdeu a direção e atingiu oito casas, des­truindo totalmente três. Segundo dados da Co­ordenadoria Municipal da Defesa Civil (COM­DEC), outras três estão interditadas parcial­mente e duas já podem ser utilizadas pelos moradores.

Apesar do impacto e grande incêndio no local, a única vítima foi o condutor do veículo, Edimilson Costa Cor­reia, 33 anos, casado e residente em Duque de Caxias. Os moradores, que estavam em casa no momento do desas­tre, acreditam ter ex­perimentado um mila­gre, pois nenhum deles se feriu gravemente.

“Eu estava senta­do em uma cadeira per­to da rua. Minha filha chegou e fomos para casa. Quando olhei para trás, tudo estava pe­gando fogo. O cami­nhão passou a pouco mais de um metro das minhas costas, justa­mente onde eu estava sentado”, lembrou Lea­cir Nilson Monteiro.

“Eu tinha acabado de sair de casa. A sala, cozinha, tudo pegou fogo, mas, graças a Deus, meu primo che­gou mais cedo e levou as crianças”, disse, aliviado, Jonh Maick Chermont Lopes.

Bens materiais perdidos

Entre os mora­dores que perderam tudo na tragédia, está Cidinéia dos Santos, que não acredita estar viva depois da tarde do dia 18. “Perdi tudo, menos os meus filhos. Às vezes acordo à noite, olho para o rostinho deles e choro de emo­ção. Agradeço muito a Deus por estarmos bem e juntos, mas é difícil perder tudo aquilo que lutamos para construir.”

Zaqueu das Neves dos Prazeres, seis anos, se assustou quando ouviu o estrondo. “Levei um susto. O telhado caiu, tinha fumaça e fogo. Perdi meus brin­quedos, tudo queimou.”

“Tinha acabado de sair do banho e fui falar com a vizinha. Quando ia entrar novamente em casa, o caminhão bateu e só vimos poeira. Para fugir, passei por baixo de três cercas, com o bra­ço machucado”, dis­se a aposentada Denair Lucia Chermont, 79 anos.

Por um triz

Ninguém viveu pe­rigo maior que Maria Mar­ta Romão. Ela esca­pou por pouco da mor­te. “Vi um fogo claro, não tinha mais como pas­sar pela porta ou janelas, tudo estava queimando. Fiquei sem rumo, a­chando que era o meu fim. Mas, por milagre, o banheiro começou a ruir, abrindo um buraco que não passava um gato. Empurrei com a cabeça e consegui sair.” 13 pessoas estão desabrigadas. Todas fo­ram atendidas no Hos­pital de Sumidouro, al­gu­mas apresentando estado de pressão alta.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

SERLA CONSTRÓI GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS NA RJ-116

Tráfego foi desviado para a General Osório - Foto Gerson Gonçalo

Construção da galeria na RJ-116 pára trânsito de ônibus e carros - Foto Gerson Gonçalo

Rua da UERJ, janeiro de 2007, sofre com chuvas - Foto Gerson Gonçalo

Uma galeria de águas pluviais foi construída pela SERLA na RJ-116, sentido centro, para equacionar a falta de capacidade de escoamento das manilhas sob o Batalhão da Polícia Militar. A rua sofreu no ano passado com inundações e quedas de barreiras. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro teve seu acesso interditado pelo desabamento de encostas que destruíram a estrada que dava passagem a estudantes e moradores.

O caminho para o Boliche até hoje permanece interditado pela Prefeitura Municipal. A reconstrução da rua da FONF, prometida para o ano passado, ainda não saiu da promessa. Moradores precisam dar a volta pelo Suspiro para chegar em casa. "É horrível. Além do transtorno, há também o medo constante de novos desabamentos. Estamos ao Deus dará", reclamou Rodrigo Macedo, morador da rua.

Segundo os engenheiros responsáveis pela obra da SERLA, a galeria pluvial construída deverá escoar toda água da rua da UERJ. "Os problemas de alagamento devem cessar", prometeu um dos técnicos. A construção deu trabalho para os agentes de trânsito, que desviaram o tráfego para a General Osório. Alguns pedestres estavam confusos quanto à parada dos ônibus. "E agora? Onde é que eles estão parando?", indagou Eliana Castro, passageira.

ENTREVISTA: SANDRO GRIPP FALA DE POLÍTICA

No ano em que os olhos da nação estão voltados para o espetáculo midiático e político das eleições municipais e os candidatos às cadeiras executivas e legislativas tecem alianças, Nova Friburgo vive a expectativa de um novo governo, já que o atual não pode mais pretender a reeleição. O sociólogo e professor universitário, Sandro Gripp, faz uma análise do cenário político friburguense e comenta sobre temas sensíveis como infra-estrutura e turismo. Em entrevista ao OLHAR PÚBLICO, Sandro afirma que estamos vivendo um momento de transição, no qual o ‘político-político’, aquele que age em função do voto, está ficando ultrapassado pelo compromisso com o planejamento.

Olhar Público - Sandro, como foi a sua passagem pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura? Quais ações foram tomadas durante a sua administração?
Sandro - Ao entrar na secretaria, busquei, mesmo com uma equipe reduzida e nenhum recurso, desenvolver o melhor trabalho possível, pois entendo que o grande desafio de Nova Friburgo para o futuro está na capacidade de planejamento de nossa infra-estrutura (habitação, vias de acesso e meio ambiente) e no desenvolvimento econômico. Com a parceria de diversos atores locais, regionais, como o deputado federal Jorge Bittar, foi possível a realização de alguns projetos e a concepção de outros tantos. Posso citar a Escola Técnica Federal (CEFET); a integração da FONF (Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo) com a UFF (Universidade Federal Fluminense); a redução do IPI para fechaduras e cadeados; a EMBRAPA; a isenção de IPTU para o condomínio industrial; o convênio de crédito para os empreendedores de nossa cidade e iniciamos projetos para prospecção de negócios junto ao COMPERJ e realização de uma Rede de Instituições de Ensino Superior (REUNE) para fortalecer e ampliar o espaço das Universidades em nossa cidade. Acredito que não foi pouco para oito meses.

OP - A que você atribui a sua exoneração do cargo de secretário?
Sandro - Olha, isso você deve perguntar a chefe do executivo municipal.

A instalação do CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) em Nova Friburgo tem como função o desenvolvimento tecnológico da região serrana. A escola técnica da cidade é a terceira do Estado. Como você avalia, sendo um dos idealizadores do projeto, o impacto da escola no desenvolvimento econômico de Nova Friburgo?
A Escola Técnica Federal forma jovens técnicos de nível médio e universitário e de forma gratuita. Permite a possibilidade de parceria com a rede pública de ensino para que jovens em situação de risco social possam aprender uma profissão e terem uma colocação no mercado de trabalho. E faz tudo isso com grande qualidade, possibilitando a melhoria na produção e produtividade da empresa.

O turismo em Nova Friburgo não anda às mil maravilhas. A maratona de turismo realizada pela Prefeitura no ano passado não surtiu grandes efeitos. Você acredita que o Centro de Convenções é a solução para todos os problemas?
Permita discordar um pouco, a Maratona foi um marco para o turismo da cidade, pois aproximou o cidadão ao tema do turismo. E eu digo que o setor tem mais virtudes que problemas, e muitos dos problemas estão relacionados à infra-estrutura (estradas, conservação de logradouros e ocupação desordenada do solo). Ao assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, estabeleci como prioridade trabalhar o conjunto de nossa cadeia produtiva por entender que nosso desenvolvimento está na diversidade e riqueza de nossa economia. No turismo, estamos tendo a satisfação de poder contribuir com dois batalhadores do setor em Nova Friburgo, a Secretária de Turismo, Cristina Bravo e o presidente do Nova Friburgo Convention Bureau, José Alexandre. O setor está organizado, tem projetos, um plano que acabou de passar por revisão, portanto acredito que os empreendedores do turismo estão construindo bases sólidas para o futuro. Por acreditar nisso que participei, em conjunto com José Alexandre e Cristina Bravo, da organização de uma reunião do deputado federal Jorge Bittar e do deputado estadual Olney Botelho com os representantes do setor em nossa cidade. Deste encontro já podemos apontar como resultado prático a Maratona do Turismo, um sucesso absoluto que se tornou referência nacional. Além disso, temos as emendas do deputado Bittar para a construção da Casa do Turismo e para o tão sonhado Centro de Convenções, que com a articulação do deputado estadual Olney Botelho está tendo a atenção do Governador do Estado, Sérgio Cabral.

Sandro, a sua ligação com o deputado federal Jorge Bittar é muito próxima. Como esse intercâmbio entre vocês pode beneficiar a cidade?
Como apontei anteriormente, várias ações estão sendo realizadas em prol de Nova Friburgo e região pelo deputado federal Jorge Bittar. Podemos dizer que Nova Friburgo elegeu um deputado federal e agora com o escritório de representação regional inaugurado em janeiro deste ano essa relação ficará ainda mais intensa.

O ano de 2008 será marcado pelas eleições municipais. As suas impressões sobre o cenário político da cidade são boas?
Nós precisamos trabalhar pela eleição de um gestor público, ou seja, alguém que tenha a capacidade de trabalhar em equipe, empreender, planejar e acima de tudo saber conjugar o trabalho técnico com o político. Nós estamos assistindo no mundo à passagem de um momento histórico no qual o “político-político”, aquele que pensa e executa suas ações olhando apenas para a próxima eleição, está ficando ultrapassado. Espero que Nova Friburgo sepulte essa espécie. O município precisa de planejamento, nunca tivemos tantos investimentos em nossa cidade por parte do governo federal, temos o Complexo Petroquímico aqui do lado e o município não está se preparando da forma devida. Rogo para que em 2009 iniciemos uma nova etapa.

Em pesquisa divulgada pelo Jornal da Globo, que apontou a confiabilidade das instituições, a mídia apareceu como a mais confiável, segundo os votos da população brasileira. O governo ficou em último lugar. Podemos afirmar que a imprensa é realmente mais digna de confiança do que o Estado?
Uma pergunta interessante, principalmente pelo fato de que quando um veículo de comunicação aponta irregularidades na gestão pública (algumas vezes sem a devida apuração) ele está apenas cumprindo seu dever “democrático” e quando o gestor público cobra explicações da imprensa, por alguns desvios éticos, a isso se chama censura. Enquanto a discussão ficar neste nível não iremos avançar; uma democracia só é alcançada de fato quando se tem liberdade de reunião, de expressão e organização, mas quando existe uma concentração absurda de poder na mão de poucos veículos de comunicação é o caso de perguntarmos se ainda continua existindo a liberdade de expressão. Portanto, devemos ter cuidado e perceber que desvios éticos existem, infelizmente, nos diversos níveis de relação, seja público ou privado, e devem ser combatidos severamente.