Moradores de rua habitam pontos turísticos e causam reações diversas nos moradores de NFQuem olha, passa e finge que não vê. Quem vê, prefere ignorar. O aumento da população de rua em Nova Friburgo salta aos olhos, mas não provoca ações ou reações.
Morador da Praça Demerval Barbosa Moreira, Jurandir (como ele disse se chamar), visivelmente alcoolizado, disse não saber onde está ou para onde ir. “Estou largadão, sozinho nesse mundo de Deus”.
Eu não lembro mais quem sou ou por que estou aqui
Outro ponto turístico da cidade serve de moradia para Antônio, que calculou a própria idade em torno dos 50 anos. “Eu não lembro mais quem sou ou por que estou aqui”, respondeu, ao ser indagado sobre sua origem.
A identidade perdida de Antônio se confunde em meio à rapidez dos milhares de anônimos que passam por ele. Dona Maria, aposentada, 70 anos, é um deles. “Vejo com muita tristeza tudo isso, mas o que fazer?”, pondera, livrando-se rápido da pergunta.
A assessoria de comunicação da Prefeitura informou que o crescimento da população de rua na cidade tem sido visto com cuidado pelo poder público e ações de assistência social estão sendo tomadas para conter a escalada desses moradores.
Foto: Gerson Gonçalo
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