domingo, 16 de março de 2008

FRISÃO EMPATA FORA DE CASA

O Friburguense perdeu grande chance de se desgarrar de vez do grupo intermediário da tabela e se manter encostado nos líderes Vasco e Botafogo. Com o empate de 1 a 1 contra o Boavista, domingo, em Bacaxá, o tricolor serrano agora soma 7 pontos e está em terceiro lugar no grupo B, à frente do Madureira, adversário direto na luta pela classificação à Copa do Brasil do ano que vem.

Equilíbrio na primeira etapa

Mais organizado e cauteloso, o Frisão se adaptou melhor às condições ruins do gramado, que sofreu com as chuvas da última semana, e controlou o jogo. Com muito toque de bola e inteligência, o time do técnico Cleimar Rocha aproveitou o nervosismo da equipe da casa, que jogava com três atacantes e estava visivelmente desentrosada, e logo assustou, aos 10 minutos do primeiro tempo, com Alex. O atacante recebeu bom passe de Victor Hugo, que cruzou da direita, e, com a bola dominada, tocou rente à trave adversária.

Trabalhando com a bola de pé em pé, o Frisão chegou ao gol aos 18 minutos. Victor Hugo puxou contra-ataque, deu o drible da vaca no lateral direito Fábio Braz, e tocou para Alex, que ajeitou para Élan chutar por baixo de Elivélton e abrir o placar. O técnico do Boavista, Edinho, ex-jogador da seleção Brasileira de 82, resolveu diminuir o número de atacantes e equilibrar o time. A partir daí, a equipe da casa cresceu na partida.

O empate saiu dos pés do atacante Diogo, aos 31. De fora da área, o jogador, sem marcação, mirou e acertou um chutaço de canhota no canto esquerdo de Adriano. A igualdade no placar fez as equipes puxarem o freio de mão e esfriarem o jogo. A única chance de gol veio aos 42 minutos, em triangulação do Boavista, que terminou com o chute de Fabinho, rente ao travessão.

Frisão melhora depois de pressão

No segundo tempo, quem começou melhor foi a equipe de Bacaxá. O meio campista Paulo Rodrigues bateu falta e Adriano se esticou todo para jogar a escanteio. A pressão do Boavista durou até os 15 minutos, quando Fábio Saci quase marcou, em chute que resvalou na zaga e tirou tinta da trave. O Frisão, que havia sacado Roberto Júnior e o substituído por Ziquinha, melhorou a partir da metade da segunda etapa.

O pequeno, mas veloz atacante do tricolor serrano, recebeu passe de Gilson, invadiu a grande área e chutou com perigo para a defesa de Elivélton. Aos 26, Victor Hugo aproveitou contra-ataque e arriscou de fora. A bola bateu na zaga e foi para escanteio. Com maior volume de jogadas, o Friburguense continuou pressionando. Depois de chute de Alex, o goleiro adversário protagonizou um lance bizarro. Vendo o arqueiro adiantado, o jogador bateu por cima e Elivélton correu para evitar o gol. A bola, que já seguia para fora, foi tocada por ele e quase entra; seria um gol contra histórico.

O último lance do jogo foi de Gilson. O lateral recebeu de Ziquinha e mandou para rede, pelo lado de fora. No final da partida, os jogadores do Friburguense lamentaram o resultado. “Poderíamos ter saído com a vitória. Deixamos escapar na bobeira da zaga. Vamos trabalhar para o próximo jogo”, disse o meio campista Elan, autor do gol do tricolor da serra. O Frisão volta a campo pela quinta rodada da Taça Rio contra o Duque de Caxias, domingo, no estádio Eduardo Guinle.

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