Obra do teatro municipal, que se arrasta desde 93, tem até família morando no local da construção e já custa R$ 4,5 milhões
Uma espera que já dura 15 anos. É assim que se pode definir a obra de construção do Teatro Municipal de Nova Friburgo. O projeto, que foi idealizado em 1993 ainda no governo de Nelci da Silva, com Paulo Azevedo como vice, tem sua história marcada por uma série de paralisações. Em 2000, Saudade Braga, ao assumir o governo, retomou o projeto, que estava apenas na estrutura.
Entre muitos impedimentos, o que mais causa estranheza à população é o fato de a Prefeitura, à época do governo Nelci e Paulo, ter concedido um alvará a uma família, permitindo que esta morasse, literalmente, no teatro, com direito a instalação de luz elétrica e telefone.
O resultado disso foi uma indenização paga recentemente à família, no valor de R$ 10 mil. Vale lembrar que a família ainda está morando no teatro. Mas um dos principais entraves para a obra é o baixo repasse de verba federal destinada à cultura, como explica o atual assessor da Secretaria de Cultura, Roni. Segundo ele, era retirada uma fatia orçamentária muito pequena para as obras, o que levou a uma visita do Tribunal de Contas à cidade, em que ficou determinado que as obras do teatro só poderiam ser concluídas se houvesse reserva suficiente para isto.
Cultura Maltratada
Roni reclama ainda do tratamento dado à cultura no país. Dos 92 municípios do Rio de Janeiro, segundo ele, apenas 10 possuem uma Secretaria de Cultura. Nos demais, a cultura é tida como um ramo da educação, por isso não possui verba independente. Em 2005, a Secretaria de Cultura de Friburgo conseguiu sua independência junto ao Ministério.
A prefeitura fechou, a partir de então, uma parceria com o Banco do Brasil, na qual serão destinados R$ 800 mil para a obra, que tem um orçamento total no valor de R$ 4,5 milhões.
De acordo com a prefeitura, a inauguração do teatro está prevista para o dia seis de setembro deste ano. Mas, pelo que se vê, a população poderá contar com mais um atraso. Quem afirma isto é Cláudio Camacho, arquiteto responsável pela obra. Segundo Camacho, o cronograma está atrasado “em virtude da prospecção do terreno, pois se constatou que é ruim, por ser um aterro”. Ele explica que foram feitas várias mudanças na infra-estrutura, que era bastante precária. Apesar de toda expectativa, ainda falta muito para que o teatro fique pronto.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
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Um comentário:
Pois é, enquanto a cultura, educação e saúde esperam as verbas,os políticos esbanjam grana se preparando para as eleições. E la vamos nós votar errado outra vez. Até quando o povão vai cuspir pra cima? Será que mantê-los na ignorância é uma medida sã? Uma atitude insana pode ser perigoso para os próprios políticos. Melhor pensar bem antes de votar.
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