segunda-feira, 16 de junho de 2008

TEATRO MUNICIPAL DE FRIBURGO FICA SÓ NA PROMESSA

Obra do teatro municipal, que se arrasta desde 93, tem até família morando no local da construção e já custa R$ 4,5 milhões

Uma espera que já dura 15 anos. É assim que se po­de definir a obra de construção do Teatro Municipal de Nova Fri­burgo. O projeto, que foi idealizado em 1993 ainda no governo de Nelci da Silva, com Paulo Azevedo como vice, tem sua história marcada por uma série de paralisações. Em 2000, Saudade Braga, ao assumir o governo, retomou o projeto, que estava apenas na es­trutura.

Entre muitos im­pedimentos, o que mais causa estranheza à população é o fato de a Prefeitura, à época do governo Nelci e Paulo, ter concedido um alvará a uma família, permi­tindo que esta morasse, literalmente, no teatro, com direito a instalação de luz elétrica e tele­fone.

O resultado disso foi uma indenização paga recentemente à família, no valor de R$ 10 mil. Vale lembrar que a fa­mília ainda está moran­do no teatro. Mas um dos principais entraves para a obra é o baixo repasse de verba fe­deral destinada à cul­tura, como explica o atual assessor da Se­cretaria de Cultura, Ro­ni. Segundo ele, era retirada uma fatia or­çamentária muito pe­quena para as obras, o que levou a uma visita do Tribunal de Contas à cidade, em que ficou determinado que as obras do teatro só po­deriam ser concluídas se houvesse reserva su­ficiente para isto.

Cultura Maltratada

Roni reclama ain­da do tratamento dado à cultura no país. Dos 92 municípios do Rio de Janeiro, segundo ele, apenas 10 possuem uma Secretaria de Cul­tura. Nos demais, a cul­tura é tida como um ramo da educação, por isso não possui verba independente. Em 2005, a Secretaria de Cultura de Friburgo conseguiu sua independência jun­to ao Ministério.

A prefeitura fe­chou, a partir de então, uma parceria com o Banco do Brasil, na qual serão desti­nados R$ 800 mil para a obra, que tem um orçamento total no valor de R$ 4,5 milhões.

De acordo com a prefeitura, a inaugu­ração do teatro está prevista para o dia seis de setembro deste ano. Mas, pelo que se vê, a população poderá con­tar com mais um atraso. Quem afirma isto é Cláudio Camacho, ar­quiteto responsável pela obra. Segundo Camacho, o cronograma está atrasado “em virtude da prospecção do terreno, pois se constatou que é ruim, por ser um aterro”. Ele explica que foram feitas várias mudanças na infra-estrutura, que era bastante precária. Apesar de toda expectativa, ainda falta muito para que o teatro fique pronto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, enquanto a cultura, educação e saúde esperam as verbas,os políticos esbanjam grana se preparando para as eleições. E la vamos nós votar errado outra vez. Até quando o povão vai cuspir pra cima? Será que mantê-los na ignorância é uma medida sã? Uma atitude insana pode ser perigoso para os próprios políticos. Melhor pensar bem antes de votar.