sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

MILAGRE EM SUMIDOURO: CAMINHÃO INVADE CASAS, PEGA FOGO E MORADORES SAEM ILESOS















































































Na tarde da sexta-feira, 18, aproximadamente às 17h30, a cidade de Su­midouro foi abalada por um acidente no km 01 da RJ 156, envolvendo um caminhão carregado de combustível. O veí­culo perdeu a direção e atingiu oito casas, des­truindo totalmente três. Segundo dados da Co­ordenadoria Municipal da Defesa Civil (COM­DEC), outras três estão interditadas parcial­mente e duas já podem ser utilizadas pelos moradores.

Apesar do impacto e grande incêndio no local, a única vítima foi o condutor do veículo, Edimilson Costa Cor­reia, 33 anos, casado e residente em Duque de Caxias. Os moradores, que estavam em casa no momento do desas­tre, acreditam ter ex­perimentado um mila­gre, pois nenhum deles se feriu gravemente.

“Eu estava senta­do em uma cadeira per­to da rua. Minha filha chegou e fomos para casa. Quando olhei para trás, tudo estava pe­gando fogo. O cami­nhão passou a pouco mais de um metro das minhas costas, justa­mente onde eu estava sentado”, lembrou Lea­cir Nilson Monteiro.

“Eu tinha acabado de sair de casa. A sala, cozinha, tudo pegou fogo, mas, graças a Deus, meu primo che­gou mais cedo e levou as crianças”, disse, aliviado, Jonh Maick Chermont Lopes.

Bens materiais perdidos

Entre os mora­dores que perderam tudo na tragédia, está Cidinéia dos Santos, que não acredita estar viva depois da tarde do dia 18. “Perdi tudo, menos os meus filhos. Às vezes acordo à noite, olho para o rostinho deles e choro de emo­ção. Agradeço muito a Deus por estarmos bem e juntos, mas é difícil perder tudo aquilo que lutamos para construir.”

Zaqueu das Neves dos Prazeres, seis anos, se assustou quando ouviu o estrondo. “Levei um susto. O telhado caiu, tinha fumaça e fogo. Perdi meus brin­quedos, tudo queimou.”

“Tinha acabado de sair do banho e fui falar com a vizinha. Quando ia entrar novamente em casa, o caminhão bateu e só vimos poeira. Para fugir, passei por baixo de três cercas, com o bra­ço machucado”, dis­se a aposentada Denair Lucia Chermont, 79 anos.

Por um triz

Ninguém viveu pe­rigo maior que Maria Mar­ta Romão. Ela esca­pou por pouco da mor­te. “Vi um fogo claro, não tinha mais como pas­sar pela porta ou janelas, tudo estava queimando. Fiquei sem rumo, a­chando que era o meu fim. Mas, por milagre, o banheiro começou a ruir, abrindo um buraco que não passava um gato. Empurrei com a cabeça e consegui sair.” 13 pessoas estão desabrigadas. Todas fo­ram atendidas no Hos­pital de Sumidouro, al­gu­mas apresentando estado de pressão alta.

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